Estimação indireta da mortalidade infantil em pequenas áreas
DOI:
https://doi.org/10.20947/s0102-3098a0100Palavras-chave:
Mortalidade infantil, Métodos indiretos, Censos, Pequenas áreas, MianmarResumo
Métodos indiretos do tipo Brass para estimar a mortalidade nas primeiras idades da vida têm sido usados por mais de quatro décadas, fornecendo estimativas muito robustas para países que não possuem sistemas confiáveis de estatísticas vitais. No entanto, quando as áreas de estimativa são pequenas, o número de crianças mortas pode ser muito baixo, especialmente entre os nascidos de mulheres jovens, que fornecem informações essenciais para estimar a mortalidade recente. Nestes casos, as estimativas podem ser afetadas por erros aleatórios e flutuações anuais inesperadas. Ao mesmo tempo, embora seja muito improvável que as tendências demográficas em uma área pequena sigam padrões muito diferentes daqueles prevalecentes no ambiente mais amplo ao qual pertencem, é possível que certos eventos locais se tornem relevantes em pequenas áreas, causando alguns desvios de padrões que na área maior são válidos. O objetivo deste trabalho é propor uma adaptação da abordagem de estimativa indireta, que permita obter estimativas de mortalidade infantil e das crianças em pequenas áreas. Dessa forma, tal proposta pertence ao escopo dos métodos de estimativa indireta, compartilhando as limitações e vantagens que caracterizam essa metodologia de estimativa. O método é ilustrado com dados do Censo de População e Habitação de Myanmar, 2014. Os resultados indicam que o método proposto aqui fornece estimativas confiáveis e consistentes de mortalidade infantil, em comparação com os resultados do método original de Brass, mesmo em áreas muito pequenas.
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