Contrapontos da história da hanseníase no Brasil: cenários de estigma e confinamento

Autores

  • Luiz Antonio de Castro Santos UERJ
  • Lina Faria UERJ
  • Ricardo Fernandes de Menezes Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

Palavras-chave:

Hanseníase, São Paulo, Maranhão, Brasil, Primeira República, Estado Novo, Identidades deterioradas, Políticas de confinamento

Resumo

Ao discutir a luta contra a hanseníase no Brasil, em especial em São Paulo e no Maranhão, o trabalho focaliza as múltiplas formas da história institucional e da “cultura de reclusão” dos hansenianos. Critica-se a visão corrente de um cenário único de disciplina e vigilância para, ao contrário, sugerir a existência de cenários cambiantes, marcados por conflitos, negociações e distintas propostas de prevenção ou de combate à doença. O texto aborda as diferentes concepções médicas e “profanas” da lepra, bem como as propostas e práticas de intervenção social no Brasil e, em particular, nos estados de São Paulo e do Maranhão, desde os primeiros tempos da República até as primeiras décadas da Era Vargas. O combate à doença sempre desafiou conceitos e convicções sobre tratamento, propagação, confinamento e regeneração, sob múltiplos significados epidemiológicos, médicos, culturais e sociais, referidos ao estigma da doença, do pecado e da impureza. O texto procura estabelecer alguns cenários brasileiros nos quais se revelam as identidades coletivas deterioradas, a exclusão social e as políticas de confinamento institucional e de regeneração dos doentes.

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Publicado

2008-07-01

Como Citar

Santos, L. A. de C., Faria, L., & Menezes, R. F. de. (2008). Contrapontos da história da hanseníase no Brasil: cenários de estigma e confinamento. Revista Brasileira De Estudos De População, 25(1), 167–190. Recuperado de https://rebep.emnuvens.com.br/revista/article/view/180

Edição

Seção

Artigos originais