Provedoras e co-provedoras: mulheres-cônjuge e mulheres-chefe de família sob a precarização do trabalho e o desemprego
Palavras-chave:
Rearranjos familiares de inserção, Precarização do trabalho, DesempregoResumo
Tendo como referências, por um lado, as mudanças no mercado de trabalho a partir dos anos 90, que redefiniram o padrão de absorção da força de trabalho e, por outro, as alterações nos arranjos familiares de inserção associadas a estes processos e às transformações do papel da mulher na família e na sociedade, este artigo procura mostrar a especificidade dos perfis de inserção no mercado das mulheres-cônjuge e das mulheres-chefe de família, que são co-provedoras ou provedoras em seus núcleos familiares. Nos rearranjos familiares de inserção no mercado de trabalho, sob a precarização das relações de trabalho e o desemprego, cresce a importância da participação das cônjuges e das chefes de família no mercado, ao mesmo tempo em que passam a ter papel de destaque para a composição dos rendimentos familiares. Embora marcadas pelas ocupações precárias, quando comparadas ao conjunto dos componentes familiares, apenas as cônjuges e chefes femininas apresentaram taxas de participação e de ocupação com variação positiva entre 1990 e 2003. Destacase o segmento de cônjuges ocupadas, metade sob vinculações contratuais precárias, que apresentam menor redução na proporção de vinculações não precárias nesse período. São analisados também os perfis ocupacionais nos grupos familiares em que se inserem e comparadas as famílias das cônjuges e das chefes de família que trabalham e que não trabalham. A contribuição destas mulheres para a renda de seus núcleos familiares tem reduzido a queda da renda nestes domicílios e, certamente, atenuado o aumento do empobrecimento na Região Metropolitana de São Paulo.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Rebep são originais e protegidos sob a licença Creative Commons do tipo atribuição (CC-BY). Essa licença permite reutilizar as publicações na íntegra ou parcialmente para qualquer propósito, de forma gratuita, mesmo para fins comerciais. Qualquer pessoa ou instituição pode copiar, distribuir ou reutilizar o conteúdo, desde que o autor e a fonte original sejam propriamente mencionados.