Notas acerca das categorias de cor dos censos e sobre a classificação subjetiva de cor no Brasil: 1980/90
Palavras-chave:
Transferências, Cor, Censo, BrasilResumo
A validade do uso da categoria de cor depende claramente de sua estabilidade ao longo do tempo. Parece claro que ainda não há uma perfeita estabilidade na classificação de cor ao longo dos anos na população brasileira. O artigo apresenta uma metodologia inovadora para analisar a transferência entre as categorias de cor entre os censos. O método aqui proposto é uma extensão do método apresentado por Wood e Carvalho (1994) e incorpora a existência de saldos migratórios internacionais na análise. Os dados relativos à década de 80 foram utilizados para testar a validade do método, dado que a emigração internacional durante esta década não foi desprezível. A metodologia proposta permite analisar separadamente os efeitos da migração internacional e da migração entre cores no Brasil. Os resultados referentes à década de 80 confirmam aqueles apontados por Wood e Carvalho e mostram que no Brasil se tem verificado um processo de crescimento da população que se autodeclara parda muito acima de seu crescimento vegetativo. Entretanto, é importante destacar que parece estar havendo um movimento no sentido de menores perdas líquidas de pretos e brancos. Ficou claramente demonstrada a relevância de se incorporar os saldos migratórios quando a população não pode ser considerada fechada.
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