A exclusão social dos jovens no mercado de trabalho brasileiro

Autores

  • Nancy de Deus Vieira Silva ESALQ/USP
  • Ana Lúcia Kassouf ESALQ/USP

Resumo

Este estudo tem por objetivo diagnosticar a situação do jovem, com idade entre 15 e 24 anos, no mercado de trabalho brasileiro, buscando avaliar a magnitude e os determinantes do desemprego da juventude brasileira utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1998. Para entender as características que afetam a probabilidade de desemprego de um determinado indivíduo, estimou-se um modelo lógite multinomial para as probabilidades dos jovens se encontrarem, em um determinado instante do tempo, em uma destas 3 situações: inativo, ativo e empregado, ou ativo e desempregado.Os resultados obtidos a partir do modelo lógite multinomial mostraram que o aumento da escolaridade diminui a probabilidade de desemprego dos homens residentes nas áreas urbanas e aumenta a probabilidade de desemprego das mulheres e homens com residência rural devido, possivelmente, a maior seletividade no emprego. A probabilidade de desemprego foi decrescente com a experiência do jovem no mercado de trabalho, para todos os homens e para as mulheres residentes nas áreas urbanas; para as mulheres residentes nas áreas rurais a probabilidade de desemprego foi crescente com anos de experiência. Encontraram-se fortes indícios de existência de discriminação racial contra os negros no preenchimento das vagas de trabalho, e verificou-se também que a probabilidade de desemprego é maior para o jovem cuja renda familiar é mais baixa.

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Publicado

2002-12-31

Como Citar

Silva, N. de D. V., & Kassouf, A. L. (2002). A exclusão social dos jovens no mercado de trabalho brasileiro. Revista Brasileira De Estudos De População, 19(2), 99–115. Recuperado de https://rebep.emnuvens.com.br/revista/article/view/314

Edição

Seção

Artigos originais