Renda e pobreza: os impactos do Plano real

Autores

  • Sonia Rocha IPEA

Resumo

Renda e pobreza: os impactos do Plano Real. Os resultados bem-sucedidos do Plano Real no controle da inflação suscitam o interesse em relação aos seus efeitos sobre a pobreza absoluta, isto é, sobre a subpopulação cujo rendimento familiar per capita se situa aquém do mínimo indispensável para o atendimento das necessidades básicas no âmbito do consumo privado. Dado que, até meados de 1996, não se dispunha de informações estatísticas adequadas para a análise dessa questão no período após julho de 1994, optou-se por recorrer à Pesquisa Mensal de Emprego (PME/lBGE) como fonte de microdados. Por esta razão, a primeira seção discute a questão metodológica, tendo por base indicadores de pobreza obtidos a partir da PME e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) para uma mesma data de referência em 1990. Para o período pós-Real, e utilizando apenas a PME, foi examinada a evolução dos indicadores do pobreza para quatro datas nas seis regiões metropolitanas investigadas (Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre). Apesar de situações locais diferenciadas em termos de incidência de pobreza absoluta e de progressos realizados no período, observa-se a consistente redução da proporção de pobres, tendo como contrapartida o agravamento da intensidade de pobreza, medida pelo hiato da renda. No entanto, o indicador sintético, considerando simultaneamente os três aspectos da pobreza, revela que houve melhora inequívoca no período.

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Publicado

1996-12-31

Como Citar

Rocha, S. (1996). Renda e pobreza: os impactos do Plano real. Revista Brasileira De Estudos De População, 13(2), 117–133. Recuperado de https://rebep.emnuvens.com.br/revista/article/view/433

Edição

Seção

Artigos originais