Percepção dos perigos ambientais urbanos e os efeitos de lugar na relação população-ambiente

Autores

  • Eduardo Marandola Jr. Universidade Estadual de Campinas – FCA/Unicamp
  • Francine Modesto Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Riscos, Espaço, Migração, Metodologia, População, Ambiente

Resumo

Os estudos ambientais enfrentam, desde seu advento, o fantasma da falácia ecológica. Especialmente no âmbito das ciências humanas, sempre houve uma atenção redobrada em relação a qualquer forma de determinismo geográfico ou interpretação que submetesse a compreensão da sociedade à lógica da natureza. Nos estudos de População e Ambiente (P-A), esta preocupação esteve sempre presente, não sendo raro o debate sobre a falácia ecológica, seus riscos e a busca por formas de eliminá-la do escopo das análises. No entanto, com o interesse redobrado das ciências humanas pelo espaço nas últimas décadas, a importância da espacialidade e a contínua incorporação de sua dimensão nas análises renovam esta preocupação, agora em um novo contexto sociocultural. A ideia de efeitos de lugar ganha relevo à medida que se reconhece, na contramão da mundialização, o reforço de fatores regionais e locais na determinação e mediação de problemáticas ambientais que afetam populações e lugares de maneira específica, e não de forma indiscriminada pelo espaço. Nesse contexto, o debate metodológico precisa dar atenção à forma como o espaço entra na equação P-A, sem desconsiderar o histórico dos debates ou os novos arranjos socioespaciais contemporâneos. Estas questões apresentaram-se como relevantes na pesquisa desenvolvida sobre a percepção dos perigos e a vulnerabilidade nas Regiões Metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista, no Estado de São Paulo. Utilizando dados de uma pesquisa domiciliar desenvolvida em 2007 (Projeto Vulnerabilidade), procuramos ir além das variáveis que costumeiramente nos ajudam a pensar as questões referentes à situação de vida (renda, escolaridade, ciclo vital), tentando entendê-las em escalas espaciais diferenciadas, incorporando os efeitos de lugar como fundamentais para compreender a percepção dos perigos urbanos na relação populaçãoespaço- ambiente.

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Publicado

2012-07-02

Como Citar

Jr., E. M., & Modesto, F. (2012). Percepção dos perigos ambientais urbanos e os efeitos de lugar na relação população-ambiente. Revista Brasileira De Estudos De População, 29(1), 7–35. Recuperado de https://rebep.emnuvens.com.br/revista/article/view/49

Edição

Seção

Artigos originais