Comutação ampliada na Região Metropolitana de Belo Horizonte: evidências à mobilidade pendular inversa
Palavras-chave:
Mobilidade pendular, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Dispersão espacial da populaçãoResumo
As grandes cidades brasileiras, sobretudo aquelas com rápido crescimento demográfico observado a partir de meados do século passado, vêm apresentando nas últimas décadas significativos sinais de dispersão da população em suas periferias. O estudo da redistribuição espacial da população na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) aponta para essa assertiva. Nesse processo aumentam os níveis de comutação urbana e a mobilidade pendular é um indicador relevante para aferir graus de integração no interior da metrópole. Nesse artigo avalia-se a magnitude atual e as principais características da denominada pendularidade inversa, caracterizada pelos deslocamentos diários da população residente não na periferia, mas sim no núcleo. São escrutinados os fluxos do core metropolitano em direção aos municípios periféricos. Para tanto, foram utilizados os microdados amostrais dos Censos Demográficos de 2000 e 2010 referentes aos municípios da RMBH, por meio de combinações das variáveis “município de residência” e “município de trabalho/estudo”. Os resultados indicam um crescimento tanto em termos absolutos como relativo da pendularidade inversa. Quando se compara esse fluxo com a pendularidade tradicional – (periferia/centro), os valores relativos são consideráveis. Em alguns casos, essa relação atinge valores muito altos, como Confins (município onde se localiza o aeroporto internacional), ou nos municípios de conurbação relativamente antiga: Nova Lima e Betim.
DOI http://dx.doi.org/10.1590/S0102-30982015000000013
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