Nada para fazer? Um estudo sobre atividades no tempo livre entre jovens de periferia no Recife
Resumo
Apesar da crescente visibilidade de manifestações culturais juvenis que emergem das periferias dos grandes centros urbanos, o tempo livre dos jovens pobres é comumente enxergado sob os prismas da carência, da alienação e da ameaça. Este artigo dialoga com essas concepções, apresentando alguns resultados de uma etnografia sobre o tempo livre entre jovens de uma comunidade de baixa renda do Recife. Estudando as práticas da conversa e do jogo na rua, foi possível compreender melhor como se articulam as relações entre os gêneros e entre as gerações, quais as lógicas de sociabilidade dominantes e de que maneira os jovens convivem com a violência. Igualmente, a análise de algumas instituições que oferecem atividades para ocupar o tempo dos jovens permitiu refletir sobre o discurso de combate à ociosidade, muito presente nessas organizações. Os dados advêm de pesquisa antropológica incluindo observação participante, entrevistas em profundidade e questionários.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Rebep são originais e protegidos sob a licença Creative Commons do tipo atribuição (CC-BY). Essa licença permite reutilizar as publicações na íntegra ou parcialmente para qualquer propósito, de forma gratuita, mesmo para fins comerciais. Qualquer pessoa ou instituição pode copiar, distribuir ou reutilizar o conteúdo, desde que o autor e a fonte original sejam propriamente mencionados.