Nada para fazer? Um estudo sobre atividades no tempo livre entre jovens de periferia no Recife

Autores

  • Mónica Franch UFPE

Resumo

Apesar da crescente visibilidade de manifestações culturais juvenis que emergem das periferias dos grandes centros urbanos, o tempo livre dos jovens pobres é comumente enxergado sob os prismas da carência, da alienação e da ameaça. Este artigo dialoga com essas concepções, apresentando alguns resultados de uma etnografia sobre o tempo livre entre jovens de uma comunidade de baixa renda do Recife. Estudando as práticas da conversa e do jogo na rua, foi possível compreender melhor como se articulam as relações entre os gêneros e entre as gerações, quais as lógicas de sociabilidade dominantes e de que maneira os jovens convivem com a violência. Igualmente, a análise de algumas instituições que oferecem atividades para ocupar o tempo dos jovens permitiu refletir sobre o discurso de combate à ociosidade, muito presente nessas organizações. Os dados advêm de pesquisa antropológica incluindo observação participante, entrevistas em profundidade e questionários.

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Publicado

2002-12-31

Como Citar

Franch, M. (2002). Nada para fazer? Um estudo sobre atividades no tempo livre entre jovens de periferia no Recife. Revista Brasileira De Estudos De População, 19(2), 117–133. Recuperado de https://rebep.emnuvens.com.br/revista/article/view/315

Edição

Seção

Artigos originais