Demografía y Antropología en contrapunto: los Enawene-Nawe y sus derivas matrimoniales

Autores/as

  • Marcio Silva Centro de Estudos Ameríndios, Departamento de Antropologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20947/S0102-30982016a0030

Palabras clave:

Enawene-Nawe. Demografía y antropología. Parentesco. Anillos matrimoniales.

Resumen

Este artículo tiene doble objetivo: uno de carácter documental y otro de naturaleza teórica. Por un lado, su objetivo es proporcionar información que permita delinear el perfil demográfico de un pueblo amerindio de la Amazonia Meridional Brasileña y superponer informaciones antropológicas, que incorporan en la clave de las ideas y valores nativos, los aspectos que de alguna manera están involucrados en este perfil. La expectativa es que tal solapamiento, como en los contrapuntos musicales, pueda producir significados que están ausentes en los dos conjuntos de datos considerados de forma aislada. Por otra parte, tiene también como objetivo llamar la atención sobre el interés analítico de un fenómeno empírico raramente explorado, aunque a menudo intuido por la investigación etnográfica: las redes de "anillos matrimoniales" tejidas por estos pueblos. El estudio de estas redes trae a primer plano una región fronteriza interdisciplinaria que exige un mayor diálogo entre la demografía de las sociedades de pequeña escala y la antropología del parentesco, ambos interesados, cada uno a su manera, en las formas de reproducción de estos colectivos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcio Silva, Centro de Estudos Ameríndios, Departamento de Antropologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP, Brasil.

doutor em Antropologia pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Professor titular do Departamento de Antropologia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo – USP. Fez pesquisa linguística entre os Kamayurá (Alto Xingu) e etnográfica entre os Waimiri-Atroari (Amazônia Setentrional) e Enawene-Nawe. Sua pesquisa atual tem como tema o tratamento computacional do parentesco.

Citas

BOURDIEU, P. Les stratégies matrimoniales dans le système de reproduction. Annales: Économies, Sociétés, Civilisations, v. 27, n. 4, p. 1105-1127, 1972.

CAÑAS, V. Diários do Ir. Vicente Cañas, Manuscrito. Arquivo da Operação Amazônia Nativa, 1978-1987.

CEDI – Povos Indígenas no Brasil: 1987/88/89/90, São Paulo, n. 18, 1990.

CORREIO DO POVO, Cuiabá, edições de 04/02, 05/02 e 11/02 de 1972.

DAL POZ, J.; SILVA, M. MaqPar – A homemade tool for the study of kinship networks. Vibrant, v. 6, n. 2, p. 29-51, 2009.

_________. Informatizando o método genealógico: um guia de referência para a máquina de parentesco. Teoria e Cultura, v. 3, p. 63-7, 2010.

DUMONT, L. Introduction à deux theories d’anthropologie sociale: groupes de filiation et alliance de mariage. Paris: Mouton, 1971.

FERREIRA, C. E.; FRANCO, A. J. P.; SILVA, M. Finding matrimonial circuits in some Amerindian kinship networks: an experimental study In: IEEE 10TH INTERNATIONAL CONFERENCE ON E-SCIENCE. Anais... São Paulo: IEEE, 2014. v. 1, p. 73-80. Disponível em: <http://ieeexplore.ieee.org/search/searchresult.jsp?searchWithin=%22Authors%22:.QT.Marcio%20Ferreira%20da%20Silva.QT.&newsearch=true>.

FLOWERS, N. M. Crise e recuperação demográfica: os Xavante de Pimentel Barbosa, Mato Grosso. In: SANTOS, R. V.; COIMBRA Jr., C. E. A. (Org.). Saúde e povos indígenas. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1994. p. 213-42.

FUNAI/DID/DGPI. Relatório. Brasília-DF: Fundação Nacional do Índio, incluído no Proc. FUNAI/BSB/292/78. 27/11/1981.

GREGORY, C. Gifts and commodities. London: Academic Press, 1982.

HAMBERGER, K.; HOUSEMAN, M.; DAILLANT, I.; WHITE, D.; BARRY, L. Matrimonial ring structures. Mathématiques, Informatique et Sciences Humaires, 42e année, n. 4, p. 83-119, 2004.

HÉRITIER, F. L’ Exercice de la parenté. Paris: Gallimard/Le Seuil, 1981 (Coll. Hautes Études).

HOUSEMAN, M.; WHITE, D. Structures réticulaires de la pratique matrimoniale. L’Homme, v. 139, p. 59-85, 1996.

LÉVI-STRAUSS, C. Les structures élémentaires de la parenté. Paris: Mouton, [1949] 1967.

_________. La famille. Le Regard Éloigné. Paris: Plon, [1956] 1983

LISBOA, T. A. Os Enauenê-Nauê: primeiros contatos. São Paulo: Edições Paulinas, 1985.

LOUNSBURY, F. G. The structural analysis of kinship semantics. In: NINTH INTERNATIONAL CONGRESS OF LINGUISTICS. Proceedings... Mouton: The Hague, 1964. P. 1073-1093.

MISSÃO ANCHIETA. Documentos, incluído no Proc. FUNAI/BSB/292/78. 09/01/1978.

MURDOCK, G. Social structure. New York: Macmillan, 1949.

O ESTADO DE S. PAULO, São Paulo-SP, edição de 14/08/1974.

PAGLIARO, H. A revolução demográfica dos povos indígenas: a experiência dos Kaiabi do Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso. In: PAGLIARO, H.; AZEVEDO, M. M.; SANTOS, R. V. (Org.). Demografia dos povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; Associação Brasileira de Estudos Populacionais –Abep, 2005. p. 79-102.

RICHARD, P. Étude des renchaînements d’alliance. Mathématiques et Sciences Humaines, v. 123, p. 3-35, 1993.

RIVERS, W. H. R. The genealogical method of anthropology inquiry. Sociological Review, v. 3, p. 1-12, 1910.

RONDON, C. M. S. Publicação nº 2. 2. ed. Rio de Janeiro: Comissão Rondon, 1945. Anexo 5.

SÁ, C. A. As fases da vida: categorias de idade Enawene(ro) Nawe. Cuiabá: Operação Amazônia Nativa, 1996.

SANTOS, G. M. Da cultura à natureza: um estudo do cosmos e da ecologia dos Enawene-Nawe. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2006.

SILVA, M. Tempo e espaço entre os Enawene-Nawe. Revista de Antropologia, v. 41, p. 21-52, 1998.

_________. Relações de gênero entre os Enawene-Nawe. Tellus, v. 1, p. 41-65, 2001.

_________. A aliança em questão: observações sobre um caso sul-americano. In: QUEIROZ, R. C.; NOBRE, R. F. Lévi-Strauss: leituras brasileiras. Belo Horizonte: –Editora UFMG, 2008. p.301-324 (Série Humanitas).

_________. Dinâmicas da vicinalidade entre os Enawene-Nawe. In: AMOROSO, M. R.; SANTOS, G. M. (Org.). Paisagens ameríndias. São Paulo: Terceiro Nome, 2013. p. 17-44.

_________. Liga dos Enawene-Nawe – um estudo da aliança de casamento na Amazônia Meridional. Tese (Livre Docência) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2012.

SILVA, M.; SÁ, C. A. Dados e indicadores demográficos dos povos indígenas atendidos pelo Polo Brasnorte, do Distrito Sanitário Especial Indígena – Cuiabá. In: OPAN. Controle social na saúde indígena: a experiência da Opan em Brasnorte, MT. Cuiabá: Editora da Opan, 2013. p. 55-78.

TRAUTMANN, T. R.; BARNES, R. H. “Dravidian”, “Iroquois”, and “Crow-Omaha” in North American perspective. In: GODELIER, M.; TRAUTMANN, T. R.; TJON SIE FAT, F. E. Transformation of kinship. Washington and London: Smithsonian Institution Press, 1998. P. 27-58

WEISS, M. C. Contato interétnico. Perfil de saúde-doença e modelos de intervenção em saúde indígena – o caso Enawene-Nawe em Mato Grosso. Tese (Doutorado) – Fiocruz, Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 1998.

WHITE, D. Ring cohesion theory in marriage and social networks. Informatique, Mathématique et Sciences Humaines, v. 168, n. 4, p. 59-82, 2004.

Publicado

2016-10-10

Cómo citar

Silva, M. (2016). Demografía y Antropología en contrapunto: los Enawene-Nawe y sus derivas matrimoniales. Revista Brasileira De Estudos De População, 33(2), 349–373. https://doi.org/10.20947/S0102-30982016a0030

Número

Sección

Dossiê