Migrações internacionais no Brasil no período 2005-2010, com ênfase nos efeitos diretos e indiretos da imigração de retorno dos brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0057Palavras-chave:
Brasil, Imigração internacional, Emigração internacional, Imigração de Retorno Internacional, Efeitos diretos e Indiretos da Imigração de Retorno Internacional.Resumo
O objetivo do artigo é analisar as migrações internacionais do Brasil no período 2005-2010, com ênfase especial na imigração de retorno de brasileiros e seus efeitos indiretos, tendo como fonte o Censo Demográfico de 2010. Num primeiro momento, são examinadas as informações de imigração internacional, com base nos quesitos de última etapa e data fixa, assim como as emigrações para o exterior, a partir do novo quesito introduzido no último censo. Num segundo
momento, são estimados os efeitos indiretos da imigração de retorno internacional para o Brasil. Entre os resultados, observou-se que o volume de imigrantes e emigrantes é relativamente pequeno, em relação ao tamanho da população brasileira, e a diferença entre as migrações internacionais de última etapa levaria a uma conclusão equivocada, de pequeno saldo negativo no quinquênio 2005-2010. Porém, ao se considerarem os imigrantes cuja última etapa migratória é interna e que em 2005 residiam no exterior, o saldo migratório torna-se positivo. Pode-se afirmar que as migrações internacionais no período 2005-2010 não impactaram, de maneira
significativa, o tamanho e a composição da população brasileira. Dos 361,8 mil imigrantes internacionais de última etapa do período 2005-2010, 68,8% eram brasileiros natos. Quando se levam em conta seus efeitos indiretos, conclui-se que a migração de retorno no Brasil, no
período, explica 75,5% dos seus fluxos imigratórios.
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