População e força de trabalho: o caso da cafeicultura no oeste paulista

Autores

  • Maria Coleta F. A. de Oliveira NEPO/Unicamp
  • Felícia R Madeira

Resumo

O objetivo deste trabalho é questionar alguns dos pressupostos das interpretações sobre as mudanças a dinâmica populacional brasileira. Dois deles são fundamentais, pela frequência com que aparecem na bibliografia. O primeiro é a afirmação de que a família do passado seria predominantemente grande, resultado de uma fecundidade deliberadamente não controlada. O segundo é a suposição de que a prole numerosa teria sido uma consequência de forma como a produção econômica se encontrava organizada. A discussão torna por base o regime de trabalho do colonato, que se generalizou na cafeicultura do Oeste Paulista desde fins do século XIX até 1930. Examina-se a importância da família na organização do trabalho no café e as evidências sobre o tamanho da família e da força de trabalho nela contida hoje e à época na região. Demonstra-se a fragilidade dos argumentos em uso e sustenta-se a necessidade de pesquisas que possam esclarecer as complexas relações entre as transformações sociais e o comportamento demográfico.

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Publicado

1986-08-01

Como Citar

Oliveira, M. C. F. A. de, & Madeira, F. R. (1986). População e força de trabalho: o caso da cafeicultura no oeste paulista. Revista Brasileira De Estudos De População, 3(1), 41–62. Recuperado de https://rebep.emnuvens.com.br/revista/article/view/612

Edição

Seção

Artigos originais