Chegou a hora de usar indicadores ajustados para estudar a fecundidade na América Latina?

Autores

  • Wanda Cabella Programa de Población (FCS, Udelar)
  • Ignacio Pardo Programa de Población (FCS, Udelar)

DOI:

https://doi.org/10.20947/S0102-30982016c0002

Palavras-chave:

Indicadores ajustados de fecundidade, Postergação da maternidade. América Latina. Uruguai.

Resumo

O artigo discute a pertinência do uso dos chamados indicadores refinados da fecundidade para avaliar o nível de fecundidade dos países latino-americanos. A maior vantagem desses indicadores é a sua capacidade de identificar quanto da mudança na taxa total de fecundidade deve-se à alteração da intensidade e quanto à alteração do calendário da fecundidade. Os países de fecundidade muito baixa estão finalizando um processo de postergação da maternidade (posponement transtion) que só conseguiu ser adequadamente descrito a partir do surgimento dos indicadores ajustados pelo efeito tempo. Embora na América Latina existam sinais de que alguns países começam a processar a postergação da maternidade, ainda é muito limitada a capacidade dos países da região para elaborar indicadores ajustados e, certamente, é quase inexistente a discussão sobre as suas vantagens, desvantagens e potencialidades. Com o objetivo de sistematizar a acumulação sobre esta questão e estimular o debate, apresentase as principais características das medidas ajustadas e discute quais os indicadores mais adequados para avaliar as tendências da fecundidade na região e como podem ser difundidos de modo a evitar equívocos em sua interpretação. A principal conclusão é que, para avançar hoje na análise da fecundidade latino-americana, o mais urgente a curto prazo é contar com indicadores de intensidade e calendário segundo ordem de nascimento, mais do que com indicadores sintéticos ajustados por tempo.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Cabella, W., & Pardo, I. (2016). Chegou a hora de usar indicadores ajustados para estudar a fecundidade na América Latina?. Revista Brasileira De Estudos De População, 33(3), 475–493. https://doi.org/10.20947/S0102-30982016c0002

Edição

Seção

Artigos originais